Transtornos

Problemas na infraestrutura do calçadão geram insatisfação nos pelotenses

Em época de movimento intenso pelas compras de Natal, bancos quebrados, lixeiras depredadas e irregularidades no chão tornam o local menos atrativo

Foto: Italo Santos - Especial DP - Pallet é usado provisoriamente para tapar um buraco de boeiro que ficou destampado

Quem caminha pelo calçadão no Centro de Pelotas se depara com cenas desagradáveis. Lixeiras e bancos quebrados, buracos e irregularidades no chão, bueiros sem tampa e um chafariz abandonado é o que pode ser visto por quem transita pelo local. Nesta época do ano, com as compras de Natal, o movimento nas lojas aumenta e, consequentemente, os problemas passam a ser ainda mais vistos pelos pelotenses.

Os problemas são muitos e alguns causam perigo para as pessoas. Um exemplo são as estruturas enferrujadas e madeiras soltas nos bancos. “Tem muito banco quebrado aqui, tinha que ter uma manutenção, está meio atirado”, disse Paulo Veleda, aposentado, que descansava em um banco no calçadão pela rua Andrade Neves. Próximo a ele, a reportagem registrou um bueiro sem tampa, quase na esquina com a rua General Neto, que foi semi-coberto com dois pedaços de madeira. “Tem muitas lajotas soltas, quebradas, muitos buracos, alguns até tapados com madeira”, relatou Veleda.

Os problemas não param por aí. Irregularidades no chão e outros bueiros cobertos por pallets de madeira exigem maior cuidado e atenção por quem passa pelo local. As lixeiras também estão com a estrutura comprometida, a maioria bastante depredada, sem cobertura na volta e apenas com um saco de lixo. A sujeira cai para fora, gerando mau cheiro nos arredores.

Impacto para os comerciantes

Os problemas de infraestrutura também são vistos diariamente por quem trabalha no local. “Existem bancos estragados, lixeiras estragadas. Poderia existir uma manutenção constante por parte da Prefeitura naquilo que é público. [...] É um descaso total com a rua comercial mais importante da metade sul do Estado”, expressou Márcio Hammes, sócio de uma loja na rua Andrade Neves, próxima ao chafariz. De acordo com ele, nenhuma manutenção foi feita desde a última revitalização. “Não adianta nada utilizar recursos públicos para fazer obra, se após concluída não existe um plano de manutenção e reparo para manter as coisas bonitas”, disse.

Vinícius Medeiros, gerente de uma outra loja na mesma rua, ressaltou que, para ele, a infraestrutura é boa, mas apresenta alguns pontos negativos. “Como as lixeiras estragadas, que infelizmente é a própria população a responsável. O caimento/escoamento que foi feito acumula muita água em alguns pontos em dias de chuva”. Para ele, os problemas não impedem que as pessoas frequentem o Centro, mas acredita que, principalmente no final de ano, poderiam ser feitas ações em parceria com as lojas para chamar atenção do público. “Lembro que tempos atrás faziam a casa do Papai Noel no Calçadão, com tudo enfeitado. Isso agrega, chama a atenção e traz público”.

O que diz a Prefeitura

O Calçadão da rua Andrade Neves foi revitalizado pela Prefeitura entre 2017 e 2019 e o projeto incluiu toda a estrutura subterrânea para fiação das redes de telefonia, lógica e TV a cabo, com a finalidade de reduzir a poluição visual do espaço, drenagem, esgoto, piso, acessibilidade, paisagismo, bancos, lixeiras, jardinagem, iluminação ornamental em led e sinalização. O investimento total foi de R$ 3,9 milhões.

Conforme a secretária de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Lúcia Amaro, o trabalho de limpeza e varrição é realizado diariamente em dois turnos. Enquanto que o recolhimento do lixo reciclável também é feito de segunda à sábado pela equipe do Sanep entre as 17h30min e 18h30min.

O secretário Flávio Al Alam, coordenador da Secretaria de Ações da Cidade (SAC), responsável por reunir as secretarias envolvidas em ações relacionadas à infraestrutura, explica que as manutenções de lixeiras e bancos são feitas à medida que os problemas são registrados. Conforme o Código de Posturas do Município, a responsabilidade sobre a manutenção das calçadas é de cada proprietário.

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